II Domingo da Quaresma

Ev Lc 9, 28b-36

“Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e  suas vestes ficaram muito brancas e resplandecentes” (Lc 9,  29).

Essa passagem do evangelho é também conhecida como a Transfiguração do Senhor. Em seu momento de oração Jesus se revela como o Filho de Deus a seus apóstolos mais íntimos: Pedro, João e Tiago. Várias foram as oportunidades da convivência com Jesus em que os apóstolos puderam ter a certeza de que aquele Jesus a quem estavam seguindo era de fato o Filho de Deus. No entanto este momento da Transfiguração confirma de modo muito claro quem era Jesus. Escuta-se a voz do Pai: “Este é o meu Filho amado, escutai-O” (Lc 9, 35). É o próprio testemunho do Pai.

Na experiência cristã vivida por nós, também nos é possível perceber a presença grandiosa do Senhor Ressuscitado. Ele se manifesta na Palavra; nos sinais visíveis dos Sacramentos celebrados, principalmente na Eucaristia; nas ações provindas da prática do amor fraterno na experiência cristã. Por isso, cabe hoje à Igreja realizar a transfiguração do mundo em que estamos. Temos os meios para isto.

Situando-nos no contexto pessoal em que vivemos, com os meios que temos por parte de nossa Igreja e neste tempo da Quaresma em que estamos, poderíamos nos perguntar: o que devemos transfigurar? Onde precisamos levar a presença transfiguradora do Senhor Jesus? Quais ambientes transfigurados que fariam bem aos jovens de nossas famílias e de nossas Paróquias para se afastarem da dependência química e dos demais vícios que estão tirando a vida de nossa juventude?

Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano