32º Domingo do Tempo Comum

Ev Mt 25, 1-13

“Ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora” (Mt  25, 13)

O tema da Palavra de Deus neste domingo aponta para a necessidade de sermos vigilantes sempre, porque a qualquer momento podemos ter nosso encontro pessoal com o Senhor de nossa vida, ou o encontro definitivo com o Senhor em sua volta gloriosa para o julgamento final. Isso supõe uma atitude constante à vontade de Deus. Era costume entre os israelitas que as amigas de uma noiva ficavam com ela à espera do noivo que chegaria para o casamento. Deviam estar sempre com suas lâmpadas acesas, à espera do noivo, para entrarem com a amiga para a festa do casamento. Algumas foram sempre prudentes, outras não e assim não puderam participar da festa.

Esta parábola insiste na necessidade da vigilância. No contexto em que vivemos é muito fácil nos distrairmos do caminho da coerência e da fidelidade. Pode-se perder a atenção nos verdadeiros valores do Reino e assim caminhar nas trevas com as lâmpadas apagadas, deixando-nos envolver por motivações superficiais e fazendo de nosso cristianismo um seguimento rotineiro a Jesus.

Na parábola o noivo é Jesus Cristo, que virá até nós para o encontro definitivo com a humanidade. Na vida cristã recebemos os meios, isto é, o óleo para mantermos acesa a nossa fé: a vida de comunidade, a participação nos sacramentos, a coerência entre fé e vida e deste modo não tenhamos receio: a qualquer hora que o Senhor chegar, poderemos ir ao seu encontro. A pessoa que é prudente sabe esperar e avaliar o que de fato é prioritário na essência do nosso viver cristão. Não podemos ser imediatistas e nem nos deixar levar pelas ideias erradas que nos abalam na realidade de hoje. Assim, numa experiência pessoal do nosso encontro com Jesus, poderíamos nos perguntar sempre: esta minha atitude me ajuda a crescer na fé, na proximidade com o Senhor?

D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano