VI Domingo da Páscoa

Evangelho Jo 14, 23-29

“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada”.

(Jo 14, 23)

Em suas palavras de despedida dos Apóstolos no contexto da celebração da última ceia pascal, Jesus deseja confirmar a eles a necessidade de permanecerem muito unidos. A unidade com o Pai e com o Filho fará com que se estabeleça também entre eles o sentido de unidade e de comunhão. Jesus ainda acrescenta uma grande verdade que eles deverão sentir: a experiência de se tornarem como que uma morada, uma casa para Deus!

Assim foi a experiência das primeiras comunidades cristãs, porque procuraram colocar em prática os ensinamentos de Jesus, permanecendo unidos e todos se preocupando uns com os outros. Repartiram seus bens uns com os outros. Fizeram a experiência do amor fraterno e deste modo constituíram uma morada para Deus através de suas atitudes. O que resultou em testemunho vivo para que outros pudessem também procurar aquele caminho de vida.

Nos tempos de hoje a Igreja é também responsável em testemunhar tal experiência de vida. Numa realidade em que nós nos sentimos dominados pelo egoísmo, individualismo ou pelo consumismo, surge esta exigência para nós, cristãos de nossa época: nosso testemunho será de deixarmos que Deus faça em nós sua morada. Ele quer se aproximar de nós e de todos que se sentirem atraídos em colocar em prática o mandamento do amor que continua válido hoje para nós. Amando o Senhor, amando o próximo, principalmente os mais esquecidos, nosso testemunho poderá irradiar o amor de Deus para todos.

D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano