19º Domingo do Tempo Comum

05/08/2022

Lc 12,32-48

“A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido!”

A Palavra de Deus que a liturgia do 19º domingo do tempo comum nos convida à vigilância. O Cristão não deve viver de braços cruzados, numa vida de comodismo, mas deve estar sempre atento e disponível para acolher o Senhor.

O evangelho do 19º domingo do Tempo Comum é retirado de Lc 12,32-48. Continuamos a ler uma perícope retirada do trecho que narra a caminhada de Jesus rumo a Jerusalém. Nesta caminhada Cristo ensina aos discípulos como devem manter uma vigilância ativa na espera do Senhor, pois este pode chegar a qualquer hora.

A primeira parábola, a dos empregados que esperam o senhor chegar de um casamento, destaca a atitude verdadeira de um discípulo: uma espera vigilante e constante. Quanto mais a espera é longa e incerta o momento da chegada, tanto mais é necessário se manter vigilante.

A segunda parábola (12,39-40) nos fala de um roubo noturno. Na época de Jesus as casas eram muito simples e podiam facilmente ser arrombadas por um ladrão durante a noite, contudo o sábio dono da casa não se deixa surpreender. A figura do ladrão noturno representa a vinda imprevisível do Filho do Homem como Juiz.

A terceira parábola fala do administrador que o dono da casa confia o cuidado de seus bens e empregados na sua ausência. Esse administrador pode agir de duas maneiras: com fidelidade e por isso recebe do senhor uma recompensa; ou abusar de seu poder e trair a confiança de seu senhor. Esta parábola é uma crítica de Jesus aos líderes do povo judeu que traíram a confiança do Senhor ao colocar pesados fardos ao povo. A parábola dirige-se aos animadores da comunidade cristã, que devem permanecer fiéis às suas tarefas de animação e de serviço.

A comunidade dos discípulos que é a Igreja deve ser um grupo de pessoas abertas ao futuro, na vigilante espera de seu Senhor e por isso estão seriamente empenhados em desfrutar as ocasiões presentes com alegria e aplicação.