Criatividade e adaptação marcam Semana Santa na diocese

Uma vela e um joelho dobrado no chão sempre foram formas de conseguir se conectar com a fé dentro de casa. Porém, neste ano, em meio à pandemia do coronavírus, foi necessário um pouco mais. A internet, televisão e a solidariedade fizeram com o que os lares se tornassem verdadeiros altares, na igreja doméstica, com celebrações realizadas à distância e uma proximidade ímpar e pessoal.

Na diocese de São João del-Rei, as paróquias adaptaram as celebrações da Semana Santa com criatividade e tecnologia, evitando qualquer ação que pudesse propagar o vírus. As celebração se iniciaram no Domingo de Ramos, em 5 de abril, de uma forma mais reservada, sem procissões pelas ruas. Ao longo da semana houve missas, via-sacras, terços, benção e muitas lives.

Teve quem separou seu ramo e ornamentou a porta de casa. Outros, evidenciaram a imagem da cruz na sexta-feira da paixão. Foi com a vela, ao lado na água, abençoada no sábado, que muitas pessoas interagiram com a Vigília Pascal. Toalhas, flores e imagens adornaram as janelas e varandas, deixando mais alegre as celebrações de domingo de Páscoa. Formas diferentes de celebrar o mistério da paixão e estimular a fé junto da família.

No interior das igrejas, exemplos de inovação. Enquanto algumas fizeram do mural fotográfico uma forma de lembrança e oração, outras, utilizaram da solidariedade como um gesto de compromisso do cristão. “Essa é uma forma de dizer a nossos paroquianos que durante as missas transmitidas pelos meios de comunicação colocamos todos eles em oração, nos lembramos de todos”, destaca padre Roberto Modesto Carneiro.

Tanto criatividade vem de encontro as palavras do Papa Francisco que pede para “abrir novos horizontes e abrir janelas até Deus. Tudo isso com criatividade, uma criatividade simples, inventada todos os dias. Dentro do lar, não é difícil descobri-la”.

Além das transmissões de missas, houve benção do Santíssimo Sacramento e muitas outras ações celebrativas e envolventes. Sem duvida, uma Semana Santa realizada à distância, mas com testemunhos e vivências de união e proximidade.