Fiéis festejam Santo Antônio e têm os pães abençoados na porta de casa

A pandemia obrigou os fiéis a adaptarem as celebrações do dia de Santo Antônio. As missas foram transmitidas pelas redes sociais e o tradicional “pão bento” recebeu as orações direto de casa. Em alguns lugares da Diocese houve, ainda, procissão motorizada pelas ruas da comunidade paroquial. A imagem de Santo Antônio passou pelas principais ruas abençoando as casas. Moradores fizeram seus agradecimentos ao santo e pediram sua intercessão diante das vítimas da Covid-19.

Cidades como Tiradentes, Itutinga, Lagoa Dourada e o distrito do Rio das Mortes celebram com festa a data do padroeiro. “É um grande dia de festa em que relembrarmos que diante de Deus temos este grande amigo intercessor. Santo Antônio participa das alegrias de Deus pois o chamado que Jesus fez aos seus discípulos, também é cumprido com fidelidade por ele. Cheio do Espírito Santo, ele proclamou a Boa Nova, esteve junto aos mais necessitados e anunciou o Reino de Deus. Assim devemos ser nós, colocar nossa vida nas mão de Deus e deixar ser conduzido segundo a sua vontade”, explica o pároco da Paróquia Santo Antônio, em Tiradentes, padre Álisson Sacramento.

Durante o trajeto das procissões, muitos aproveitaram para receberem a “benção do pão”. A tradição diz que este pão representa a fartura para quem o guarda junto com os alimentos. “Eu coloco nas latas de mantimento. Aprendi com minha avó que Santo Antônio protege a dispensa e não deixa faltar alimento na casa”, explica Rosimeire Rios que deposita o alimento dentro das latas de arroz e feijão.

Aos 70 anos Antonieta Carvalho vê no alimento abençoado como símbolo de proteção contra doenças graves. “Aprendi que quem come um pedaço do ‘pãozinho de Santo Antônio’ com muita fé, ficava livre de doenças”, destaca.

Nascido em Lisboa, Portugal, Fernando de Bulhões era frade agostiniano, tendo mais tarde entrado na ordem Franciscana. Foi muito conhecido pela sua vida despojada de riquezas, apesar de ter nascido em uma família afluente. O seu trabalho com os pobres foi essencial para que fosse rapidamente reconhecido como santo após sua morte. A canonização de Santo Antônio aconteceu poucos anos após sua morte, e muitos consideram que terá sido uma das canonizações mais rápidas da história.