Pandemia faz tradição ser realizada de forma diferente em Piedade do Rio Grande

É através do som dos bastões e das gungas que Piedade do Rio Grande encerra o mês de maio. Realizada há 94 anos, a Festa da Congada e Moçambique faz parte do calendário piedense e é famosa por realizar um grande encontro de tradições, a fim de sustentar a fé dos povos africanos e seus antepassados. Neste ano a celebração foi de portas fechadas, no interior da igreja matriz, e contou com transmissões ao vivo pela internet.

Sob a benção dos padroeiros São Benedito, Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora das Mercês, o grupo realiza sua manifestação de fé, repleta de cores e sons, totalmente fundada na memória da alma escrava e seus descendentes.

Segundo o pároco, padre Jorge Fonseca, a celebração vem reforçar a cultura e garra do povo piedense que realiza a festa mesmo em tempos de dificuldade. “Nós estamos celebrando uma festa em sinal de resistência, marcado pela coragem e pela força que atravessa as barreiras que nos assusta. Celebramos a memoria de um povo que retiram forças, também, na fé cristã. A pandemia também tem nos aprisionado. Não podendo ter a liberdade de estar nas ruas da cidade, fazendo essa festa acontecer, mas a fé e a força da nossa voz rompe as barreiras”, explica.

Veja como foi a manifestação do grupo na cidade

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