11º Domingo do Tempo Comum

Ev Lc 7, 36 a 8, 3

“Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor”. (Lc  7, 47).

Jesus se revelou como a misericórdia visível do Pai. Na passagem do evangelho deste domingo com muita clareza podemos perceber esta manifestação de compreensão e de perdão da parte de Deus. A uma mulher que era considerada pecadora na cidade, Jesus retribui seu gesto de humildade, de atenção e do reconhecimento de seus próprios pecados, afirmando estarem perdoados todos os seus pecados e lhe aconselhando para que não voltasse a pecar.

Também Deus se manifestou misericordioso para com o rei Davi, como nos relata a primeira leitura. E ainda, Deus em São Paulo nos aponta que o caminho para nossa salvação e o perdão de nossos pecados passa pela cruz, onde está a expressão máxima de amor de Jesus Cristo que se entrega para nossa libertação. O perdão e a misericórdia que Deus demonstra para conosco, não são porque merecemos, mas porque somente Ele é bom e capaz de exagerar em amor para com todos nós. Ele nos quer próximos d’Ele, para que possamos com Ele aprender a usar de misericórdia para com todos.

A misericórdia divina pode penetrar o mais profundo do nosso ser e nos transformar em criaturas novas. Isto acontece pelo Sacramento da Reconciliação, como também na vivência dos conselhos evangélicos, na prática da caridade e na participação da Eucaristia. Na realidade em que vivemos, muitos perderam a direção da misericórdia e do perdão. Será nossa missão, como seguidores de Jesus Cristo, mostrar-lhes o caminho perdido.

D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano