Lc 9,18-24
Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me
Na liturgia do 13º domingo do tempo comum lemos o evangelho de Lc 9,18-24 em que vemos a Profissão de fé de Pedro e o primeiro anúncio da paixão. Nosso evangelho diz que Jesus se encontra com os discípulos em um lugar afastado para rezar. A oração marca os momentos decisivos da missão pública de Jesus, que agora, retoma a pergunta que os discípulos já tinham feito: “Quem é este homem?” (8,25).
Jesus faz primeiro uma pesquisa de opinião, ele pergunta o que o povo diz a meu respeito? Pela resposta dos discípulos notamos que Jesus não é considerado pelas multidões como “messias”: o Povo o identifica com um dos profetas do Antigo testamento, como por exemplo, Elias o profeta que as lendas judaicas consideravam estar junto de Deus, reservado para o anúncio do grande momento da libertação do Povo de Deus (vs. 19); talvez a sua postura e a sua mensagem não correspondessem àquilo que se esperava de um rei forte e vencedor.
A segunda pergunta é de foro pessoal, Jesus pergunta para seus companheiros de caminhada quem ele é. Os discípulos tem uma resposta mais elaborada e isso notamos na reposta de Pedro: “Tu és o messias”. Esse termo Messias exprime a intuição de fé que proclama Jesus o homem escolhido por deus para a realização de suas promessas de salvação. A resposta de Pedro é resposta de um grupo que conhece Jesus e sabe que ele é o “enviado” de Deus, da descendência de Davi, que havia de traduzir em realidade as esperanças de salvação que enchiam o coração de todos.
Ao final do evangelho vemos Jesus fazer o anuncio da sua paixão e ressurreição e do seu efeito na vida dos discípulos. Neste caminho Jesus não está sozinho. O caminho da cruz é uma proposta para todos. Esta é a condição para ser discípulo de Jesus: tomar – como Ele – a cruz do amor e da entrega, e derrubar os muros do egoísmo e do orgulho, renunciar a si mesmo e a fazer da vida um dom.






