29º Domingo do Tempo Comum – Dia das Missões

Ev Mt 22, 15-21

“Daí, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22, 21).

Diante do questionamento feito a Jesus sobre o modo de se efetuar pagamento de impostos ao imperador romano, com clareza ele define muito bem aquilo que deva ser dedicado como retorno a Deus e o que seja de ordem de compromisso a um cidadão. O que importa é o Reino de Deus. Este é o único absoluto a ser buscado. Jesus veio pregar o Reino; esta é a realidade fundamental e clara. Diante deste anúncio tudo passa para segundo plano. Com isto, Jesus não quer negar a função de César ou de uma autoridade constituída, mas atinge seus adversários que não compreenderam sua missão e esquecem o mais importante.

A resposta de Jesus é esclarecedora, porque indica uma direção. Os judeus do tempo de Jesus imaginavam o reino, inaugurado pelo futuro Messias, como um domínio direto de Deus, através de seu povo, sobre toda a terra. A palavra de Jesus revela a existência de um Reino de Deus na história, no qual é possível a todos, não só aos judeus, entrar desde já neste Reino, uma vez que se cumpram os compromissos devidos decorrentes da vivência de valores pela dignidade das pessoas, na luta pela ordem social e na prática da justiça. Deus quer se fazer presente no mundo pela ação de seus filhos na luta pela vivência dos valores humanos e éticos, decorrentes do ensinamento de Jesus Cristo. Os apelos do mundo atual encontram um eco cada vez mais profundo nos cristãos coerentes que assumem os papéis da promoção, libertação e construção de uma cidade terrestre mais justa e fraterna.

Sendo hoje o Dia Mundial das Missões, sabemos que é nosso dever fazer unidade com todos os missionários que levam o Evangelho aos países em que ainda não é conhecida a pessoa de Jesus Cristo. Esta unidade acontece por meio de nossas orações, como também de nossa ajuda financeira para manter os missionários católicos em países empobrecidos.

D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano.