2º Domingo da Quaresma

Ev Mt 17, 1-9

“Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os levou a um lugar a parte, sobre uma alta montanha. E foi transfigurado diante deles”

(Mt 17, 1-2)

Essa passagem do evangelho é também conhecida como a Transfiguração do Senhor. E a respeito desta passagem da Sagrada Escritura o Papa Francisco diz: “Subamos nós também ao monte da Transfiguração e paremos para contemplar o rosto de Jesus, para colher a mensagem e traduzí-la em nossa vida, para que nós também possamos ser transfigurados pelo Amor”.

Em seu momento de oração Jesus se revela como o Filho de Deus a seus apóstolos mais íntimos: Pedro, João e Tiago. Várias foram as oportunidades da convivência com Jesus em que os apóstolos puderam ter a certeza de que aquele Jesus a quem estavam seguindo era de fato o Filho de Deus. No entanto este momento da Transfiguração confirma de modo muito claro quem era Jesus. Escuta-se a voz do Pai: “Este é o meu Filho amado, no qual eu pus todo meu agrado. Escutai-O” (Mt 17,5). É o próprio testemunho do Pai.

Na experiência cristã vivida por nós, também nos é possível perceber a presença grandiosa e luminosa do Senhor Ressuscitado. Ele se manifesta na Palavra; nos sinais visíveis dos Sacramentos celebrados, principalmente na Eucaristia; nas ações provindas da prática do amor fraterno na experiência cristã. Por isso, cabe hoje à Igreja realizar a transfiguração do mundo em que estamos. Temos os meios para isto.

Situando-nos no contexto pessoal em que vivemos, com os meios que temos por parte de nossa Igreja e neste tempo da Quaresma em que estamos, poderíamos nos perguntar: o que devemos transfigurar? Onde precisamos levar a presença transfiguradora do Senhor Jesus? Quais ambientes transfigurados que fariam bem aos jovens de nossas famílias e de nossas Paróquias? Como mudar a situação de pessoas que se acham aprisionadas pelo egoísmo, por preconceitos e desigualdades sociais e econômicas?

A nossa vida deve ser constantemente renovada em Jesus para continuarmos tendo em nós a luz verdadeira que é ele e, sendo luz no mundo para os outros. Pois, se não buscamos sempre a Cristo pode acontecer de cairmos na escuridão. A vida é constantemente marcada pela escolha entre Bem e Mal, luz e treva. Se fizermos a escolha certa, ser transfigurados pelo Amor, vamos aos poucos transformando todas as trevas em luz.

Texto: Dom Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano

Atualização: Padre Vinícius Idefonso Campos