33º Domingo do Tempo Comum

Ev Mt 25, 14-30

“Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração  de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria”

(Mt 25, 21)

Ao chegar o final do ano litúrgico a Palavra de Deus nos ensina a estarmos sempre prontos em administrar os bens que recebemos da parte de Deus. Os talentos que o patrão entrega a seus empregados para serem trabalhados enquanto ele realiza a viagem, é como que responsabilidades conferidas por Deus a cada cristão que, pelo Batismo, se compromete em realizar na construção do Reino de Deus. Ele voltará um dia e pedirá contas a cada um de nós pelo que tenhamos feito. Esta passagem do evangelho tem assim a dimensão escatológica: o Senhor voltará no final dos tempos e irá exigir de cada cristão que teve a graça de lhe conhecer e ser chamado à vida cristã pelo batismo, a prestar contas de como fez frutificar as graças recebidas.

Deus nos confiou muitos talentos. Ele quer nossa adesão para realizar alguma obra em favor dos irmãos ou da construção do Reino de Deus. Ele usa assim a nossa mediação. Não podemos ter medo em arriscar, porque seria isto também uma manifestação da falta de fé. Deus sempre nos acompanha na medida em que fizermos o bem. Esconder os talentos é duvidar da presença de Deus, como também não usar dos meios que Ele nos deixou para nossa santificação e nosso crescimento na fé.

Deus exige nosso trabalho. Não podemos esconder os talentos e graças recebidas por sua generosidade. É necessário que corramos os riscos para que o Evangelho seja anunciado e o Reino de Deus seja construído. Na Igreja não podemos nos acomodar, cruzar os braços ou enterrar os talentos. O Senhor é justo e irá nos recompensar. Hoje celebramos a pedido do Papa Francisco  a Primeira Jornada Mundial dos Pobres. Abramos nossas mãos para ajudarmos concretamente às pessoas necessitadas.

D. Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano