4º Domingo do Advento

Lucas 1:39-45

“Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”

No 4º domingo do advento lemos o evangelho de Lc 1,39-45 no qual vemos Maria que parte para a Judeia e vai até a casa de Isabel. Esta perícope é retirada do chamado “Evangelho da Infância” esse evangelho é mais que um relato histórico, na verdade é uma catequese que tem por objetivo proclamar as realidades salvíficas que a fé prega sobre Jesus: que Ele é o Messias, o Filho de Deus. Essa catequese é feita a partir de um conjunto de referências tiradas das promessas Veterotestamentárias (Antigo Testamento).

A primeira referência às promessas do AT está presente no fato do menino ter saltado de alegria no ventre de Isabel. Trata-se de uma indicação teológica: para Lucas, Jesus é o Deus que vem ao encontro da humanidade, e que tem uma mensagem de salvação que concretiza as promessas feitas por Deus aos antepassados. Assim, a presença de Jesus provoca a alegria a todos aqueles que esperam o cumprimento das promessas de Deus e que percebem na chegada de Jesus a realização dessa promessa de salvação.

Uma segunda referência está na resposta de Isabel a Maria: “Bendita és tu entre as mulheres”. Essas palavras aparecem no “cântico de Débora” (cf. Jz 5,24) para celebrar Jael, a mulher que, apesar da sua fragilidade, foi o instrumento de Deus para libertar o Povo das mãos de Sísara. Maria é, assim, apresentada – apesar da sua fragilidade – como o instrumento de Deus para concretizar a salvação da humanidade.

Diante dessas duas ideias do evangelho podemos dizer que com o Natal temos a presença de Jesus em nosso meio. A presença de Jesus neste mundo é, claramente, a concretização das promessas de salvação e de libertação feitas por Deus ao seu Povo. E deve ser para todos nós motivo de grande alegria.

Maria apesar de ser uma pessoa frágil é usada por Deus como instrumento de Salvação. Uma mulher determinada que após ter dito sim a Deus para ser mãe de Jesus, parte ao encontro de Isabel e fica com ela. Maria é solidária com Isabel, até ao nascimento de João. Temos consciência de que acolher Jesus é estar atento às necessidades dos irmãos, partir ao seu encontro, partilhar com eles a nossa amizade e ser solidário com as suas necessidades.