14° Domingo do Tempo Comum

Mt 11,25-30

Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso

Lemos o evangelho segundo Mateus (Mt 11,25-30) gostaria de destacar 3 pontos:

Primeiro ponto: Jesus louva o Pai por ter revelado coisas aos “pequeninos” e escondido dos “sábios e inteligentes”. Os sábios referem-se aos fariseus e doutores da Lei, que seguiam rigorosamente a Lei e acreditavam ser justos e dignos de salvação. Eles não estavam dispostos a questionar o sistema religioso estabelecido. Os pequeninos são os discípulos e os marginalizados, como os doentes, publicanos e mulheres de má reputação, que acolhiam a proposta salvadora de Jesus com alegria.

Segundo ponto: Jesus revela que o conhecimento íntimo de Deus foi ocultado dos “sábios e inteligentes” e revelado aos “pequeninos”. Os sábios, como os fariseus e doutores da Lei, acreditavam que o conhecimento da Lei lhes dava o conhecimento de Deus. No entanto, Jesus enfatiza que apenas através de aceitar e seguir Jesus é possível ter uma profunda experiência de intimidade com Deus. Jesus é o Filho e o único que tem uma conexão íntima com o Pai. Aqueles que rejeitam Jesus não podem conhecer verdadeiramente Deus e podem ter uma compreensão distorcida Dele para julgar o mundo. Porém, aqueles que aceitam e seguem Jesus aprendem a viver em comunhão com Deus, obedecendo aos Seus planos e aceitando-os incondicionalmente.

Terceiro ponto: O convite de Jesus é para que as pessoas o encontrem e aceitem sua proposta, tomando sobre si o seu “jugo”. Para os fariseus, o “jugo” era a Lei de Deus, considerada uma norma gloriosa. No entanto, a realidade era que a Lei era um fardo pesado e impossível de cumprir, o que causava culpa e afastamento de Deus. Jesus veio para salvar as pessoas da escravidão da Lei. Sua proposta de salvação se dirige aos doentes, pecadores e pessoas simples do campo, que eram excluídos e considerados indignos pela Lei. Jesus garante que Deus não os exclui nem amaldiçoa, convidando-os a fazer parte do novo mundo do “Reino”, onde encontrarão a alegria e a felicidade que a Lei não lhes proporcionava. A proposta do “Reino” não é exclusiva para uma classe específica, mas para todos, embora os pobres e desamparados sejam mais receptivos à oferta de Jesus, uma vez que já perderam a esperança na ajuda humana. Os ricos e poderosos estão tão envolvidos em si mesmos, em seus interesses e esquemas, que têm dificuldade em arriscar e aceitar a novidade de Deus.