A Diocese de São João del-Rei celebrou, na noite do dia 28 de dezembro, às 19h, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, a Celebração de Encerramento do Ano Jubilar da Esperança. A Santa Missa foi presidida pelo Bispo Diocesano, Dom José Eudes, e concelebrada pelos Vigários Forâneos e demais padres da diocese, com a presença dos seminaristas e de representantes de todas as paróquias, em profunda comunhão espiritual com todo o povo de Deus. Ao final da celebração eucarística, a assembleia elevou a Deus um solene canto do Te Deum, em ação de graças pelos frutos espirituais colhidos ao longo do Ano Santo, vivido sob o lema “Peregrinos de Esperança”.
A esperança que nasce da cruz e se sustenta na ressurreição
Em sua homilia, Dom José Eudes recordou que o jubileu foi um tempo privilegiado de graça, reconciliação e renovação da fé, destacando que a esperança cristã não é ingenuidade nem fuga da realidade, mas nasce do mistério pascal: “Ela nasce da cruz e se sustenta na ressurreição”.
O Bispo exortou os fiéis a serem testemunhas da esperança em meio às dores do mundo e às feridas sociais, lembrando que, mesmo diante do sofrimento, a Igreja é chamada a proclamar, com a vida, que Deus caminha com o seu povo.
Peregrinações que marcaram o Ano Jubilar
Dom José Eudes relembrou momentos marcantes vividos pela Diocese durante o Ano Jubilar. Entre eles, destacou a peregrinação em São João del-Rei com as imagens do Senhor Bom Jesus, que culminou em uma celebração nas escadarias da Igreja das Mercês, levando à cidade uma mensagem de esperança que brota da cruz de Cristo.
Recordou também a peregrinação ao Santuário Nacional de Aparecida, confiando o jubileu e a Diocese à intercessão de Nossa Senhora, bem como a peregrinação à Roma, realizada com alguns padres da Diocese, passando pelas Portas Santas das basílicas papais, pela procissão ao túmulo de São Pedro e também pela Santa Missa junto ao pilar de Nossa Senhora em Saragoça, na Espanha, ocasião em que consagrou a Diocese à Virgem Maria.
Gestos concretos de caridade e proximidade
O Bispo destacou ainda que o jubileu se expressou de modo especial nos gestos concretos de caridade e esperança, lembrando a atuação da Pastoral Carcerária, com visitas e celebrações realizadas nos presídios de Resende Costa, São João del-Rei e Lavras, levando aos encarcerados uma palavra de consolo e dignidade.
Dom José ressaltou que o Pai escuta especialmente aqueles que muitas vezes não têm voz: os doentes, os idosos, os presos e os pobres, reafirmando que a esperança cristã se traduz em proximidade, cuidado e compromisso com os mais vulneráveis.
O jubileu continua no coração e na vida
Ao encerrar sua reflexão, Dom José Eudes exortou a comunidade diocesana a não permitir que o fim do calendário apague as sementes plantadas ao longo do Ano Jubilar. “Que o encerramento do jubileu não seja um ponto final, mas um envio”, afirmou, desejando que as famílias sejam pequenas igrejas domésticas e que as comunidades se tornem portas sempre abertas. O Bispo convidou os fiéis a manter vivo o espírito jubilar no cotidiano, aprendendo a perdoar mais, escutar melhor e servir com maior generosidade, para que a esperança continue a transformar a vida pessoal e comunitária.
Dom José também recordou com gratidão o Papa Francisco, que convocou e acompanhou grande parte deste Ano Santo antes de seu falecimento no dia da Páscoa, e mencionou o Papa Leão, que assumiu a condução das atividades jubilares subsequentes.
Apresentação dos futuros diáconos
Ao final da celebração, Dom José Eudes apresentou à assembleia os quatro seminaristas que serão ordenados diáconos: Gabriel, Jeferson, Jordano e Luís, convidando toda a Diocese a rezar por eles e por suas vocações, para que sirvam com fidelidade e alegria ao povo de Deus.
A celebração de encerramento do Ano Jubilar da Esperança reafirmou a identidade da Diocese de São João del-Rei como Igreja peregrina, chamada a viver e testemunhar, em todos os tempos, a esperança que não decepciona.
FOTOS: Seminarista Jonas













