No dia em que a Igreja recorda a Aparição de Nossa Senhora em Lourdes e celebra o 33º Dia Mundial do Doente, a Diocese de São João del-Rei promoveu um momento de fé e despertou a esperança através da bênção e oração. Com igreja repleta, o bispo diocesano de São João del-Rei, Dom José Eudes Campos do Nascimento, presidiu na tarde desta terça-feira, 11, a celebração da Santa Missa e conduziu a bênção e unção aos enfermos. A celebração ainda contou com a presença do Vigário Geral, Monsenhor Geraldo Magela da Silva, além de outros sacerdotes do clero, religiosos e do Diácono Ademir Noel.
A unção dos enfermos é um dos sete sacramentos da Igreja e, como todos os outros, mostra a presença invisível da graça de Deus na forma de sinais visíveis. Durante a celebração e a condução do sacramento, os sacerdotes utilizaram o óleo, abençoado na manhã da Quinta-feira Santa, durante a Missa do Crisma. Em filas, as pessoas recebem a unção nas mãos e na fronte. Durante o ato da unção com o óleo consagrado, o bispo e os padres diziam: “Por esta santa unção e por Sua infinita misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto de teus pecados, Ele te salve e, em Sua bondade, alivie os teus sofrimentos”.
Durante a homilia, Dom José Eudes reforçou a importância de se fazer preces e pedidos de oração. “Nessa celebração, temos a oportunidade de confiar todos os enfermos aos cuidados de Nossa Senhora de Lourdes e que, por intercessão dela, muitos possam encontrar a cura de suas enfermidades. Rezemos também aos profissionais da saúde, membros da Pastoral da Saúde e Ministros Extraordinários da Eucaristia, que visitam e levam uma palavra de conforto aos nossos enfermos. Que enxergam a figura de Jesus Cristo através dos nossos irmãos e irmãs em enfermidade”, pontuou o bispo.
Empossado como pároco no final de janeiro, Frei Marco Antônio se viu feliz com a Igreja matriz repleta de fiéis. “Em minha primeira experiência na paróquia, fui agraciado ao testemunhar uma comunidade profundamente viva e fervorosa, reunida em torno do Mistério Pascal de Cristo, resplandecido na Virgem de Lourdes. Um grande número de fiéis, movidos por uma fé ardente e piedade sincera, convergiu em um único coração, irradiando generosidade e esperança. Sob o olhar materno Daquela que é o mais sublime testemunho da confiança no Senhor, o espírito de comunhão e santidade nos envolveu. Foi um encontro com o divino, onde cada oração e gesto de devoção se elevaram como oferta viva de amor, preenchendo cada coração com a esperança da vida em Cristo Ressuscitado”, pontuou o religioso franciscano e Pároco da Paróquia São Francisco de Assis.
Para aqueles que não puderam estar presente, houve a transmissão da celebração pelo canal de vídeos da Diocese. Nos comentários do vídeo, muitos pedidos de oração para familiares e amigos., assim como Mizody Gil Lacerda. “Peço pela restauração da saúde da minha sobrinha, Maria Gil, internada há um mês com pneumonia aqui em Belo Horizonte e todos os nossos irmãos enfermos”. Direto da cidade de Maceió, em Alagoas, Aparecida Santos acompanhou toda a celebração. “Que Nossa Senhora de Lourdes interceda e roga por nós e pelo nossos enfermos”.
Em sua mensagem, o Santo Padre reflete sobre a presença de Deus junto dos que sofrem, particularmente nos três aspectos que a caracterizam: o encontro, o dom e a partilha. “Quando Jesus envia os setenta e dois discípulos em missão, exorta-os a dizer aos doentes: ‘O Reino de Deus já está próximo de vós’. Ou seja, pede-lhes que os ajudem a aproveitar a oportunidade de encontro com o Senhor, mesmo na doença, por muito que seja dolorosa e difícil de compreender”, escreve Francisco. No momento da doença, o Pontífice frisa ser possível sentir toda a fragilidade (física, psíquica e espiritual) e experimentar a proximidade e a compaixão de Deus, que em Jesus participou do sofrimento da humanidade
A doença, prossegue, é então a oportunidade para um encontro que transforma, a descoberta de uma rocha firme na qual se descobre que todos podem se ancorar para enfrentar as tempestades da vida. “Uma experiência que, mesmo no sacrifício, nos torna mais forte(…). Os lugares onde se sofre são frequentemente espaços de partilha, nos quais nos enriquecemos uns aos outros. Quantas vezes se aprende a esperar junto ao leito de um doente! Quantas vezes se aprende a crer ao lado de quem sofre! Quantas vezes descobrimos o amor inclinando-nos sobre quem tem necessidade! Ou seja, percebemos que todos juntos somos “anjos” de esperança, mensageiros de Deus, uns para os outros: enfermos, médicos, enfermeiros, familiares, amigos, sacerdotes, religiosos e religiosas. E isto, onde quer que estejamos: nas famílias, nos ambulatórios, nos postos de saúde, nos hospitais e nas clínicas”, ressalta Francisco.
A data marca a primeira aparição da Virgem Maria a uma jovem chamada Bernadette Soubirous, em 1858, na cidade de Lourdes, na França. O Dia Mundial do Enfermo é uma data de origem religiosa que visa pedir melhores condições de tratamento e atenção para as pessoas doentes.

















































