Fiéis católicos participaram na manhã deste domingo, 13, da tradicional celebração do Domingo de Ramos. O ato litúrgico, que abre a Semana Santa, foi realizado em todas as Paróquias da Diocese de São João del-Rei, e recorda a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, alguns dias antes da sua crucificação, morte e ressurreição, como conta a fé cristã.
No centro da histórica São João del-Rei, o bispo diocesano, Dom José Eudes Campos do Nascimento, conduziu a benção dos ramos e iniciou os ritos na igreja de Nossa Senhora do Rosário. Em seguida, os fiéis saíram em procissão até a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, onde se deu continuidade aos ritos litúrgicos. “Quando recordamos a entrada solene de Jesus em Jerusalém, acolhido e aclamado festivamente pelo povo, somos convidados a contemplar o Deus que, por amor, se fez servo e se entregou para que o ódio e o pecado fossem vencidos e a vida nova se renovasse”, explica Dom José Eudes.
Com ramo nas mãos, Maria Auxiliadora seguiu com fé todo o trajeto, segundo ela, uma boa forma de iniciar a semana “maior” do cristão. “Ontem há tarde minha palma já estava separada para a procissão. Acho tão bonito e comovente. É bom começar a semana assim, com esse clima. É um compromisso com a nossa fé”, afirma.
A liturgia dominical abrange dois sentimentos distintos, visivelmente expressos antes e depois da procissão. Enquanto o primeiro reforça a alegria de Cristo ter entrado em Jerusalém, a outra, prevê sua paixão e entrega na morte de cruz.
Por mais um ano Paulo Marcio Amaro e Anthoni Claret prestam suas vozes, entoando em gregoriano, para o “Canto da Paixão. O primeiro é “cronista”, já o segundo, “sinagoga”. Um forte momento de fé e propício para a reflexão. “Quando pequeno eu assistia o canto da paixão, ajoelhadinho, perto do altar, ao lado da minha mãe, e nunca imaginaria que eu poderia estar cantando. É uma benção poder estar contribuindo, não apenas musicalmente, mas favorecendo a oração do povo”, explica Amaro que, a convite do Monsenhor Paiva, entoa o relato há mais de 25 anos.
Apesar dos destinos variados, o mais comum é que os ramos utilizados na solenidade sejam colhidos, guardados e queimados e utilizados na Quarta-Feira de Cinzas para colocar na cabeça das pessoas.
Coleta da Solidariedade
Também é nesta data que a Igreja realiza a Coleta Nacional da Solidariedade, gesto concreto da Campanha da Fraternidade, em que todas as doações financeiras realizadas pelos fiéis farão parte dos Fundos Nacional e Diocesano de Solidariedade. É nesse momento que a Igreja reforça a importância do cristão ser solidário com aqueles que sofrem. É uma forma de transformar o jejum ou abstinência praticada em um gesto de amor ao próximo.
Na Diocese de São João del-Rei o dinheiro arrecadado tem diversos destinos. Todos, no investimento e valorização da vida. As coletas de todas as missas serão destinadas para esse fim. Do valor arrecadado na Campanha da Solidariedade, 40% é encaminhado para o Fundo Nacional de Solidariedade e o restante, 60%, fica na Diocese para apoio a projetos locais de enfrentamento da miséria e da exclusão social.

































