Completando 70 anos, Paróquia festeja São José Operário

No Dia Internacional do Trabalho a igreja celebra São José operário, padroeiro dos trabalhadores. A data instiga as orações de muitos que clamam por uma oportunidade de emprego, assim como os agradecimentos de quem cultiva a garantia do sustento. Em São João del-Rei houve uma grande movimentação de fiéis na matriz dedicada ao Santo, no bairro Tijuco. A festa, além de marcar o retorno presencial após o período pandêmico, celebra ainda o 70º aniversário de criação da paróquia.

O título de padroeiro dos trabalhadores veio por meio do Papa Pio XII, em 1955, desejoso de oferecer aos trabalhadores um padroeiro que fosse modelo. “Para que todos entendam este significado (…) queremos anunciar a Nossa determinação de instituir – como de fato instituímos – a festa litúrgica de São José operário, marcando-a no dia 1º de maio. Trabalhadores e trabalhadoras, agrada-vos o nosso dom? Temos certeza que sim, porque o humilde artesão de Nazaré não só personifica junto a Deus e a Santa Igreja a dignidade do trabalhador, mas é também sempre providente guardião vosso e de vossas famílias” (Festa de S. José Operário – 1º de maio de 1955).

Até hoje, a data inspira os fiéis a buscar o exemplo do pai adotivo de Jesus, não economizando esforços para homenagear o patrono. Em meio as comemorações dos 70 anos de sua criação, a festa reforçou os traços de sua história, caracterizados pela fé e dedicação do povo.

“Celebrando o ano Jubilar e recordamos de todos que se dedicaram a construção desta Paróquia, padres e leigos. Por isso, somos uma Paróquia transformada pelo vinho novo que é Jesus. A festa de São José Operário, foi a manifestação do que se vive na Paróquia: muita fé, trabalho pelo Reino de Deus, união e amor. A grande participação durante a novena e a multidão no dia 1 de maio expressa a bonita religiosidade da Paróquia do Tijuco. Louvamos e agradecemos a Deus por festa tão linda e abençoada”, destacou o pároco, padre Vinícius Idelfonso Campos.

Durante o dia houve a celebração de 5 missas, sendo a última, presidida pelo bispo diocesano, Dom José Eudes Campos do Nascimento. Ao final, os fiéis saíram em procissão pelas ruas da comunidade levando a imagem do santo.

No trajeto, diversas manifestações devocionais ao santo como fogos pirotécnicos, toalhas nas janelas e chuva de papel picado. Dona Rosário, por exemplo, dedica a preparar a fachada da casa há mais de 40 anos. Segundo ela, é uma forma de agradecer ao santo as intercessões recebidas.

“Esse costume começou com minha mãe e pretendo, junto com minha família, manter essa tradição. Sei que ele (São José) está sempre pertinho de nós”. Além da decoração, a cabeleireira confecciona bandeirinhas e distribui para todos os participantes. “É lindo ver o colorido para São José”, expressa.

De casa, Elizabeth Carvalho acompanhou atenta a transmissão do cortejo. Com uma lesão no joelho direito, a devota se viu impossibilitada se percorrer o trajeto junto da multidão. “Infelizmente não pude participar da procissão, mas levantei cedo e rezei duas missas, pela manhã. Tenho uma grande devoção a São José e tenho fé que vou me recuperar logo”.

Na chegada, Monsenhor Geraldo Magela recepcionou a imagem com preces e orações. O sacerdote falou da figura paterna, a importância da família e reforçou os ensinamentos deixados pelo santo que devem ser espelhados pelos cristão. A programação terminou com a benção do Santíssimo Sacramento e canto do Te Deum laudamosno.