Fiéis da Igreja Católica iniciam nesta quarta-feira, 17, os ritos e preparações para o período de Páscoa. Por conta da pandemia do novo coronavírus, as cerimônias ocorrem de forma reduzida, seguindo protocolos. A data marca o início do período da Quaresma, tempo de conversão, silêncio, oração, penitência e caridade.
Durante a celebração, os fiéis receberam sobre a cabeça as “cinzas”, como sinal de penitência e compromisso com a conversão, se comprometendo a viver mais intensamente com as práticas próprias do tempo da Quaresma: o jejum, a oração e a esmola.
Dom José Eudes Campos do Nascimento, bispo diocesano, presidiu a celebração da Santa Missa direto da Catedral Basílica Nossa Senhora do Pilar. Segundo ele, este Tempo Quaresmal vem estimular a conversão e a mudança de vida. “É uma oportunidade para fazer uma avaliação da vida, da intimidade com Jesus. Reconhecer como pecadores e que, mesmo assim, Deus nos ama. É o momento de fazermos o esforço para não criticarmos o nosso próximo, não cometer calúnias contra o nosso semelhante e trabalhar na construção do Grande Reino”, explica o bispo.
As cinzas utilizadas neste rito provêm da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. A estas cinzas, mistura-se água benta. De acordo com a tradição, o celebrante utiliza essas cinzas úmidas para sinalizar uma cruz na fronte de cada fiel, proferindo a frase “Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás” ou a frase “Convertei-vos e crede no Evangelho”.
A data marca também o lançamento da Campanha da Fraternidade Ecumênica, este ano com o tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade”, extraído da carta de São Paulo aos Efésios.
Na Quarta-feira de Cinzas a Igreja Católica aconselha os fiéis a fazerem jejum e não comerem carne. Esta tradição já existe há muitos anos e tem como propósito fazer com que os fiéis tomem parte do sacrifício de Jesus. Assim como Jesus se sacrificou na cruz, aquele que crê também pode fazer um sacrifício, abstendo-se de uma coisa que gosta, neste caso, a carne.
Fotos: Marcos Luan
















