Fiéis celebram beata nascida em SJDR

A Igreja celebrou nesta terça-feira, 14, os 121 anos da morte da beata Nhá Chica, a bem-aventurada Francisca de Paula de Jesus. Em diversos pontos da Diocese, a beata sãojoanense foi homenageada com missa e procissão.

Nhá Chica, é a primeira beata negra do país. Leiga, ela não pertencia a nenhuma ordem religiosa. Analfabeta, não lia a bíblia, mas aplicava no dia a dia o amor ao próximo e a caridade, o que a fez ser conhecida como “Mãe dos Pobres”.

No distrito do Rio das Mortes, sua região de origem, a festa em honra a beata casou-se com o padroeiro, Santo Antônio. Com alegria, os devotos saíram pelas ruas da comunidade em procissão. Pedidos de intercessão fizeram partes das orações dos fiéis.

Nhá Chica

Francisca de Paula de Jesus nasceu em São João del-Rei, mas viveu a maior parte da sua vida em Baependi/MG, onde morreu no dia 14 de junho de 1895. Desde então, os relatos de cura por intercessão de Nhá Chica são vários.

O processo de beatificação começou em 1993, mas foi em 1995 que o processo ganhou um capítulo decisivo. Em julho daquele ano, a professora Ana Lúcia Leite descobriu que tinha um problema congênito no coração. Na véspera de fazer uma cirurgia, ela sentiu uma forte febre e exames posteriores revelaram que o problema havia desaparecido. Ana Lúcia havia rezado a Nhá Chica e considera que foi curada por intermédio dela.

Em 1998, o provável milagre foi enviado ao Vaticano. Em janeiro de 2011, o Papa Bento XVI aprovou as virtudes heroicas da religiosa e designou o título de Venerável a Nhá Chica. Em outubro do mesmo ano, a comissão médica da Congregação das Causas dos Santos do Vaticano aprovou o milagre atribuído a Nhá Chica, concordando que a cura não tem explicação científica. A comissão de cardeais do Vaticano atestou o milagre em junho de 2012 e no mesmo mês, o Papa Bento XVI assinou o decreto de beatificação de Nhá Chica.

Ela foi beatificada em cerimônia realizada em Baependi no dia 4 de maio de 2013.

Video de Luiz Fernando Zanetti