Os hospitais estão sobrecarregados e centenas de pacientes infectados pelo coronavirus aguardam leitos em todo o Brasil. Ao todo são mais de 13 milhões de casos e mais de 340 mil mortes. O país vive uma situação preocupante e que exige atenção, cuidados e solidariedade, seja diante das mortes pela covid-19, das famílias impedidas de vivenciar o luto, ou do esforço dispendido pelos profissionais da saúde e do desejo dos brasileiros quanto à superação da pandemia.
Pensando nisso, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) instigou uma grande mobilização da Igreja Católica no próximo dia 11, Domingo da Misericórdia. A proposta é a de que todas as igrejas de todas as dioceses e arquidioceses se mobilizem em uma ação pastoral simples e tradicional: toque de sinos em todas as igrejas, às 15 horas.
Na região da Diocese de São João del-Rei, que abrange 25 municípios, já se totalizam 290 óbito por Covid-19 (dados confirmados na manhã desta quinta-feira, 08). A ação será realizada em todas as 42 paróquias como um momento de união e fraternidade em prol da vida e da dignidade humana e contará, ainda, com a exposição e adoração ao Santíssimo Sacramento, como sugeriu o bispo, Dom José Eudes Campos do Nascimento.
Domingo da misericórdia
O Domingo da Divina Misericórdia foi instituído no calendário litúrgico da Igreja pelo saudoso e amado Papa João Paulo II, em 30 de abril de 2000, na Missa de canonização de uma religiosa polonesa da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, Maria Faustina Kowalska, a Santa Faustina, apóstola da Divina Misericórdia. Desde o ano 2000, quando o Papa publicou o decreto, as comunidades e as paróquias de todo o mundo passaram a celebrar no segundo domingo da Páscoa a Festa da Divina Misericórdia.
Na Audiência Geral desta quarta-feira, 07, ao saudar os fiéis poloneses, o Papa Francisco falou sobre a festividade. Segundo o pontífice, enquanto reconstrói a relação de cada um com Deus, a festa suscita também entre os homens novas relações de fraterna solidariedade.
“Cristo nos recordou que o homem não somente recebe e experimenta a misericórdia de Deus, mas também é chamado a ‘usar misericórdia’ para com os outros: Bem-aventurados os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia. Dirijamo-nos confiantes a Cristo misericordioso e peçamos a graça do perdão e do amor operoso pelo próximo”, exortou o Santo Padre.