Igrejas adquirem novas imagens e estimulam a fé através da arte

Peças únicas, cravadas de muito talento que transmitem, nos detalhes da arte, o retrato da fé. As imagens sacras encantam, não apenas, os olhos de quem as admira, mas também auxilia na evangelização dos cristãos. Para as festividades deste ano a Capela Nossa Senhora das Dores, da Santa Casa de Misericórdia, adquiriu a imagem do Cristo da Prisão. A imagem faz parte da celebração das Endoenças, resgatada em 2018.

Esculpida em roca, com 1,8 metros de altura e três articulações nos membros superiores, a obra do artista são-joanense, Fernando Pedersini, retrata a figura de Jesus Cristo sendo preso pela guarda romana. “A imagem de Jesus aprisionado é o ponto alto da procissão das endoenças. É emocionante quando ele aparece na Igreja de São Francisco. Não poderia ser diferente, ser encenado. A imagem sacra tem um valor cultural, emocional. Ela personifica o sagrado. Ela emociona”, explica Pedro Paulo, organizador da Procissão do Fogaréu.

Uma emoção peculiar, que alegra Pedersini. “É uma responsabilidade muito grande trabalhar com a emoção e o sentimento das pessoas. Mas esse retorno me deixa feliz. Mostra que a obra adquiriu a áurea da arte, sendo compreendida pelo público simplesmente com o olhar”.

Além da retratação da prisão, Fernando também esculpiu a imagem do Senhor do Triunfo para a Paróquia Santa Rita de Cássia, em Ritápolis. A imagem também recebeu a benção no último final de semana. “Todas as peças que faço possuem uma certa semelhança mas cada uma é diferente da outra. Busco sempre inovar, me superar. A beleza do trabalho sacro é o fato da imagem passar a ser algo abençoado. A obra deixa de ser uma produção minha para ser instrumento de Deus, de devoção”, afirma.