Evangelho Lc 13, 1-9
“Se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. (Lc 13, 3)
A espiritualidade quaresmal aponta para todos nós cristãos a exigência da conversão. Diante de situações concretas que levavam as pessoas a se assustarem, Jesus ensina que sempre é necessário ler os “sinais dos tempos”. Aproveitar as oportunidades para uma interiorização que nos leve a ler os ensinamentos de Deus. E, a partir daí, revermos nossas atitudes e estarmos abertos à proposta do próprio Senhor: “convertei-vos e fazei penitência”.
Este tempo nos leva a uma maior reflexão. As leituras bíblicas das celebrações, as orações litúrgicas e os eventos como a oração da Via Sacra, a prática de mortificações e jejuns, a busca do Sacramento da Reconciliação, tudo nos indica que é necessário uma mudança de atitudes e de coerência em nossa vida pessoal, assumindo o sentido da paixão e morte do Senhor Jesus. Será assim, para que com Ele possamos chegar à experiência pascal: vida nova pela graça de Deus!
Também vivemos um momento eclesial especial. Estamos no Jubileu Extraordinário da Misericórdia. A proposta do Papa Francisco para todos nós é de que saibamos aproveitar do ano da graça para redescobrirmos a profundidade do amor de Deus para conosco. Deus é bom para todos e por maior que sejam nossos pecados, maior é sua misericórdia. E, concretamente, o Papa aponta os caminhos da misericórdia para realizarmos as obras de misericórdia: Redescubramos as obras de misericórdia corporal: dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E não esqueçamos as obras de misericórdia espiritual: aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as pessoas molestas, rezar a Deus pelos vivos e defuntos. (Bula MV, 15).
Célio de Oliveira Goulart – Bispo Diocesano