Irmã Dulce, o “Anjo Bom da Bahia”, será canonizada

Em vida ela era chamada de “Anjo Bom da Bahia”. Foi indicada ao Nobel da Paz e beatificada pela Igreja. A notícia na canonização de Irmã Dulce percorre o mundo e enche de alegria os corações dos fiéis, de forma particular, os da arquidiocese de Salvador desde o dia 14 de maio, quando a Santa Sé divulgou que o segundo milagre por sua intercessão  havia sido reconhecido pelo Papa Francisco.

A data da canonização de Irmã Dulce será marcada durante o Consistório dos Cardeais, marcado para julho, quando o Papa anunciará oficialmente de quem foram reconhecidos os milagres. De acordo com o arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, “a canonização, formalmente, acontece em Roma e é presidida pelo Papa. Excepcionalmente é fora de Roma, mas, mesmo assim, sempre presidida pelo Papa. Somente a partir da Missa de Canonização, o Papa proclama e entra no catálogo dos santos é que se pode chamar Santa Dulce dos Pobres, e que se poderá celebrar missa em qualquer lugar do mundo. Já não será mais um culto restrito, mas em qualquer parte”.

A celebração de canonização, em Roma, acontece sempre em um domingo. No dia seguinte, em uma Igreja, também em Roma, é celebrada a primeira missa em honra da santa e esta missa será presidida pelo bispo diocesano, neste caso dom Murilo. Já no domingo seguinte à canonização, será celebrada, em Salvador, a primeira missa oficial da santa.

Sobre Irmã Dulce

Nascida Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, manifestou cedo o desejo de entrar para o convento. Na época, já inconformada com a pobreza, amparava miseráveis e carentes. Aos 18 anos, recebeu o diploma de professora e entrou para a Congregação da Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, do Convento de São Cristóvão, em Sergipe. Com os votos de profissão de fé, a já então Irmã Dulce, em homenagem à mãe, voltou a Salvador, onde trabalhou como enfermeira voluntária e professora de Geografia. Sem vocação para lecionar, dedicou-se ao trabalho social nas ruas.

Durante mais de cinquenta anos de entrega total à caridade e amor ao próximo, em novembro de 1990, começou a apresentar problemas respiratórios. Em 20 de outubro de 1991, recebe no convento, em seu leito de morte, a segunda visita do Papa João Paulo II ao Brasil para receber a bênção e a extrema unção.

O “anjo bom da Bahia” morreu em seu quarto, de causas naturais, aos setenta e sete anos. Seu corpo foi sepultado no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a Capela do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Sociais Irmã Dulce.

Informações CNBB

Fotografias: internet