Foi com uma pequena imagem de barro, quebrada, que a fé do povo brasileiro se transformou. A história começa há mais de três séculos, em Guaratinguetá/SP, com três pescadores. Nossa Senhora Aparecida é cultuada como padroeira do país e arrasta multidões de devotos no dia 12 de outubro, acarretando diversas manifestações de fé e práticas devocionais. Na igreja dedicada ao título mariano, em Lavras – única paróquia da Diocese de São João del-Rei – centenas de fiéis se reuniram no último domingo, 12, para celebrar a Mãe de Jesus Cristo, na Paróquia dedicada ao título mariano, localizada no bairro Joaquim Sales, na cidade de Lavras. A celebração, considerada a maior devoção mariana do Brasil, envolveu missas, procissões, novenas, quermesses e outras atividades, movimentando milhares de fiéis.
Nossa Senhora Aparecida inspira fé e as homenagens pelas graças alcançadas são carregados até nos nomes dos devotos. Em todo o país, mais de 300 mil pessoas carregam na identidade o nome Aparecida. Além do registro em comum, muitos carregam também histórias. Para o ano de 2025, o tema da Novena e Festa da Padroeira foi definido como “Com Maria, Mãe da Esperança, conhecer Jesus e cuidar da Vida”. A temática convida os devotos a aprofundarem sua fé, inspirados na figura de Maria como símbolo de esperança
Segundo o pároco, Clayton Nogueira, o milagre de Aparecida continua acontecendo. “Basta ver a demonstração de fé das pessoas para perceber as diversas graças que recebemos. Aqui é um dos pontos mais altos da nossa cidade e Maria, a Virgem de Aparecida, olha e protege a nossa cidade. Ela que nos leva até Jesus Cristo”, destaca.
Nas vésperas o dia maior da festa, Dom José Eudes Campos do Nascimento, Bispo de São João del-Rei, presidiu o último dia da novena preparatória. O pastor diocesano, falou sobre os ensinamentos de Maria e ainda conduziu a bênção e imposição do manto e coroa da pequena imagem da padroeira. “Nossa Senhora nos aponta para os ensinamentos de Jesus e nos inspira atitudes de esperança e caridade. Maria é vida, doçura e esperança nossa. É Mãe do Belo Amor, Senhora da Caridade. Não esperou em vão e não colocou suas esperanças em fábulas. Esperou na concretude do amor no qual estava envolvida. Que possamos aprender com Ela a não esperar o tempo passar com os braços cruzados, mas esperemos exercendo para com os outros a caridade fraterna. Olhemos para o exemplo de Maria e coloquemo-nos apressadamente no caminho da esperança e da caridade, para fazer aos irmãos de Jesus o bem que ele quis que fizéssemos”, pontua Dom José.
No dia 12 de outubro a programação teve início logo cedo e mobilizou toda a população. Caminhada de fé, carreata e procissão luminosa aglomeraram fiéis na bela igreja localizada na saída da cidade. Uma belíssima chuva de pétalas, vindas do céu, emocionou os devotos. Sem dúvida, grandes homenagens à Mãe Aparecida.
Padroeira do Brasil
Foi em 1717 que três pescadores da região do Vale do Paraíba, em São Paulo, passaram a noite inteira em busca de peixes, mas não obtiveram sucesso. Durante as tentativas, eles tiraram das águas escuras uma imagem de Nossa Senhora, que veio nas redes em dois pedaços: primeiro o corpo e, em seguida, rio abaixo, a cabeça. Os pescadores, que antes não tinham conseguido pescar nada, encheram as redes com uma quantidade abundante de peixes.
No local foi criado um pequeno altar como forma de agradecimento a Nossa Senhora pelo seu primeiro milagre. Nascia ali uma devoção à santa, nomeada Nossa Senhora Aparecida. Foi durante o Congresso Mariano que o líder do episcopado brasileiro, dom Sebastião Leme, cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, apresentou aos bispos a proposta para pedir à Santa Sé (Vaticano) que declarasse Nossa Senhora Aparecida a Padroeira do Brasil. A nomeação aconteceu em julho de 1930, pelo papa Pio 11.
Fotos: Pastoral da Comunicação
 
								














































































