Peregrinação da Forania e festa da padroeira movimentam Piedade do Rio Grande

Piedade do Rio Grande esteve em festa para homenagear a padroeira, Nossa Senhora da Piedade. Iniciada com novenário, a programação festiva ganhou o emulsionamento no último sábado, 13, com a Peregrinação da Forania de Nossa Senhora do Porto no Eterna Salvação ao Santuário, momento marcante de fé vivido no contexto do Ano Santo Jubilar. Já na segunda-feira, 15, o dia foi de celebrar a padroeira. Missas, bênção e procissão, embalaram todo o dia.

A invocação ao título mariano teve início no século 12. Após expansão, em 1482, o Papa Sixto IV, mandou preparar uma Missa intitulada de “Nossa Senhora da Piedade” para ser introduzida no Missal e, em 1727, o Papa Bento XIII inscreveu no Calendário romano a festa das “Sete Dores da Bem-aventurada Virgem Maria”.

Em Minas Gerais, a devoção a Nossa Senhora da Piedade tem quase 300 anos. Maria, a partir do título de Nossa Senhora da Piedade, foi reconhecida padroeira dos mineiros por São João XXIII, papa da igreja. A solenidade de consagração do Estado a Nossa Senhora da Piedade foi celebrada no dia 31 de julho de 1960.

No território da Diocese, a data marca a festa na cidade de Piedade do Rio Grande. Construída em 1748, a capela mariana de Piedade do Rio Grande é fruto de uma devoção à Virgem da Piedade pelos jesuítas nos Campos dos Goytacazes, antigo nome de Minas Gerais. Provavelmente esse culto foi criado pelos jesuítas, que quando perseguidos pelo Marquês de Pombal, refugiaram-se na serra de Caeté (hoje Serra da Piedade) e, pelo trabalho da evangelização, fizeram a devoção chegar a outras regiões da antiga Capitania das Minas Gerais.

Peregrinação

No último sábado, 13 de setembro, a cidade de Piedade do Rio Grande acolheu a Peregrinação da Forania de Nossa Senhora do Porto no Eterna Salvação, momento marcante de fé vivido no contexto do Ano Santo Jubilar. A programação teve início na Comunidade do Carvão, onde se reuniram os fiéis das seis paróquias que compõem a Forania, provenientes das cidades de Andrelândia, São Vicente de Minas, Minduri, Madre de Deus de Minas, Piedade do Rio Grande e Carrancas. Ali, ocorreu a concentração inicial e, em seguida, os participantes deram início a uma caminhada orante, repleta de orações e cânticos, em direção ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade — reconhecido como Igreja Jubilar e local de indulgências durante este tempo jubilar.

Ao chegarem ao Santuário, os peregrinos foram acolhidos com a Santa Missa presidida por Dom José Eudes Campos do Nascimento, bispo diocesano, e concelebrada pelos padres da Forania, bem como por sacerdotes naturais de Piedade. Durante a homilia, Dom José refletiu sobre a temática do Jubileu, “Peregrinos de Esperança”, apresentando Maria, Estrela da Esperança, como inspiração e modelo para o caminho de fé. No final da celebração, todos viveram um momento especial de consagração a Nossa Senhora da Piedade, quando os sacerdotes conduziram o andor da Padroeira em meio ao povo, fortalecendo ainda mais o clima de devoção.

Encerrando o dia de fé e comunhão, os fiéis se reuniram no espaço de festas da paróquia para um almoço fraterno, seguido de apresentações musicais, celebrando com alegria a graça da peregrinação.

Dia da Padroeira

Na segunda-feira, a festa contou com 3 celebrações de missas, café compartilhado e Oração do Ângelus. Em caminhada de fé, os fiéis, paroquianos e devotos, saíram em procissão pelas ruas da comunidade paroquial, levando em um andor ornamentado a imagem da patroeira.

“Ao olharmos, nós queremos depositar toda a nossa confiança, esperança, nessa mãe que ama, acolhe, cada um de nós que somos seus filhos. A mãe da Piedade que durante diversos momentos da nossa vida nos ampara e proteção constante do nosso dia a dia. Nós, com filhos devotos, queremos assumir nosso grande compromisso de viver essas grandes lições deixadas por ela, para nós, seus filhos. Tenho certeza que cada um de nós temos muitas coisas para pedir e, principalmente, agradecer. Ela está sempre olhando por nós, sobretudo, nos momentos mais difíceis de tribulação e doenças. Tenhamos a certeza que a mãe da Piedade é o amparo constante em nossa vida”, pontua Dom José Eudes Campos do Nascimento, bispo diocesano de São João del-Rei.

Texto: Lucas Silveira | Seminarista Jeferson

Vídeo: Seminarista Jeferson