Já se tornou um belo costume católico os pais consagrarem as crianças a Nossa Senhora após o batismo. Criou-se até o costume de escolherem padrinhos para a criança nesta consagração. Devido a pandemia e as necessárias restrições, muitas paróquias suspenderam esse ato durante a celebração sacramental. Amanhã, Solenidade de Nossa Senhora da Conceição, será a oportunidade de muitas crianças serem consagradas a Nossa Senhora.

A consagração é um ato de devoção, e não um sacramento, mas, de qualquer forma, é uma celebração de extrema importância para a passagem espiritual da criança. Esse rito visa a proteção por todos os caminhos da vida do afilhado.

A Igreja recomenda a nossa consagração a Nossa Senhora todos os dias de nossa vida. O motivo é muito simples e claro: Ela é nossa Mãe bendita. É, antes de tudo, um ato voluntário, e consiste na entrega total de si a Maria, como consequência do reconhecimento da sua missão materna e exemplar na vida cristã. Esta entrega enriquece a vida espiritual do cristão, enquanto o ajuda a viver concretamente a espiritualidade de Maria: disponibilidade, dedicação, aceitação da vontade de Deus, humildade…

Sendo assim, os padrinhos de consagração assumem, durante a consagração, rezar por ela, estar ao seu lado espiritualmente e ser, como Nossa Senhora, uma espécie de “outra mãe” – só que espiritual. Portanto, o papel da madrinha de consagração é um papel simbólico, tendo um sentido de cuidado espiritual.