“Rezem o terço, todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra (Memórias da Ir. Lúcia, p.174). Este foi o pedido que Nossa Senhora fez aos três pastorinhos, em Fátima/Portugal, no mês de maio de 1917, durante a 1ª Guerra Mundial.
Cento e cinco anos depois, o mundo está novamente em um período difícil, combatendo um inimigo invisível que vem ceifando vidas. Sendo assim, a tradição de rezar o terço em família no mês de maio, recordando o pedido de Nossa Senhora, se torna ainda mais necessária.
Segundo padre Antônio Claret, a Mãe de Jesus “nos educa na oração e na entrega de uma oração tão importante que transmite esperança em tempos de tribulação”. Ouça:
A oração do Terço é uma forma de aprofundar o relacionamento filial com Nossa Senhora, como explica a aposenta, Alayde Lima. “Minha relação com o terço é de mãe para filha, ou seja, sempre rezamos o terço em nossa casa desde crianças, em família. Minha mãe faleceu, mas o habito continuou. Rezamos diariamente e é isso que nos sustenta”.
Hoje, aos 80 anos, Dulce Magalhães vê a sua vida entrelaçada na devoção mariana. Segundo a aposentada, moradora da cidade de Lavras/MG, ela começou esse ato devocional aos 13 anos e reza todos os dias.
“Nunca pulei um dia. Me faz muito bem e me traz um conforto muito grande estar na presença do Papai do Céu e da minha Mãe Santíssima. Rezo pelos meus pais que já estão na companhia d’Ele, meus familiares que moram longe, meus filhos e netos que, agora, só vejo por vídeo chamada. Peço para Maria passar na frente e livrar nossa casa e nossas vidas desse vírus”, explica.
É através da oração que Dulce busca forças para enfrentar as dificuldades do quotidiano. “Acredito muito no poder da oração e sinto falta de ir rezar meu terço com minha filha, na igreja. Agora, em casa, rezo todos os dias pela manhã, quando acordo e na parte da tarde. São dois terços por dia, além das orações diárias. É uma verdadeira benção e uma purificação. Deixa nossa mente e vida mais leves. É um acalento espiritual e nos blinda contra as energias pesadas que hoje são tantas. Insisto com minhas netinhas para rezarem também. Se manterem próximas a nossa Mãe do Céu”, explica.
Colaboração: Gabriela Lima de Mello