O mês de outubro teve início neste domingo e, junto dele, uma programação especial para o Mês do Rosário é realizada na Paróquia Catedral Basílica Nossa Senhora do Pilar, em São João del-Rei. Até o dia 2 de novembro, acontece diariamente na Igreja do Rosário, às 6h da manhã, Santa Missa, exposição do Santíssimo, recitação do Terço e Bênção do Santíssimo Sacramento.
Durante todo o mês a Igreja convidou os cristãos para uma profunda reflexão sobre a importância da oração do Rosário e de nossa missão como verdadeiros cristãos. O Rosário é uma oração contemplativa e cristocêntrica. É a prece do cristão na sua peregrinação da fé, seguindo os passos de Jesus, na companhia de Maria.
Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V, em 1571, quando celebrou-se a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nessa batalha, os cristãos católicos, em meio à recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos, vencendo-os em combate. A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.
O Rosário
A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Dessa forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nosso e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.
Sobre a Igreja em São João del-Rei
Fundada em 1708 na antiga matriz, a irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi a primeira a se constituir em São João del-Rei, antes mesmo da criação oficial da vila. Em 1719 já possuía capela própria na mesma localização de hoje, uma das “entradas” da antiga rua Direita.
A igreja atual, entretanto, é fruto de uma ampliação realizada em meados do século XVIII, como atesta a inscrição do ano 1753, gravada na portada. Já as torres e o frontão datam do século passado, resultando de uma reforma que visou provavelmente padronizar a fachada da igreja com a dos outros dois edifícios religiosos da mesma rua, o Carmo e a Catedral.