Tiradentes recorda a prisão de Jesus com procissão e sermão

A Semana Santa é um dos maiores eventos de fé e devoção católica. Em Tiradentes, as tradicionais celebrações acontecem há mais de 300 anos, com uma extensa programação religiosa e cultural, com missas, procissões e encenações, como a Procissão da Prisão de Cristo que aconteceu na noite de segunda-feira, 11. Nesta procissão, as luzes do centro histórico são apagadas e a única iluminação existente é a luz das velas, carregadas pelos devotos. Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo emérito de Mariana/MG, foi o pregador da noite.

A Prisão de Jesus é um evento central relatado nos evangelhos canônicos que antecede à crucificação. Jesus foi preso pelos guardas no Getsêmani, logo após a Última Ceia. “Essa celebração recorda Jesus no Horto das Oliveira. Ali ele tem um momento de agonia, suava sangue e presenciava duas situações que são de grande impacto para a história da Paixão. Primeiro é que os apóstolos Pedro, Tiago e João dormem, mesmo Jesus pedindo para que estivessem vigiando o lugar. Depois, a traição de Judas com um beijo”, explica o pároco, padre Alisson André Sacramento.

A prisão leva imediatamente ao Julgamento de Jesus no Sinédrio, durante o qual os judeus o condenam à morte. O episódio é narrado pelos 4 evangelistas e mobiliza toda a comunidade paroquial da cidade histórica. “Aqui em Tiradentes a comunidade se envolve com uma encenação, realizada pelos próprios paroquianos, com tochas com fogo, fazendo um ato comovente, junto da imagem de Cristo. Não se trata de uma celebração popular mas que chama muita atenção pela peculiaridade”.

Segundo o sacerdote, um grande estímulo para a fé. “O belo sermão de Dom Geraldo Lyrio nos fez refletir sobre esse momento dramático. É um convite para a oração, de estar atento as traições que nós cometemos contra a nossa fé e o próprio Cristo, assim como os momentos que não estamos atentos, em vigia”.

Veja como foi a cerimônia e o sermão de Dom Geraldo Lyrio Rocha: