Transmitindo caridade, leigos e religiosos realizam trabalhos sociais com enfermos

A Igreja Católica celebra neste sábado, 11, o Dia Mundial do Enfermo. Uma data importante, instituída por São João Paulo II em maio de 1992, que proporciona reflexões sobre as atitudes dos cristãos referentes ao mandamento do amor, ensinada por Jesus Cristo.

Na Diocese de São João del-Rei as Irmãs Camilianas, juntamente com agentes da Pastoral da Saúde, realizam um trabalho envolvente com pessoas enfermas. “Atuamos diretamente no hospital e no Lar de Idosos que pertencem à Instituição e também em âmbito paroquial juntamente com os leigos. Além do atendimento interno, realizamos visitas nas casas das pessoas enfermas e as estimulamos à participação nas celebrações religiosas como também passeios e recreações”, explica Irmã Sueli que já realizou diversos trabalhos na cidade de Resende Costa.

Um trabalho bonito, mas com grandes dificuldades. “Realizar o trabalho na Pastoral da Saúde, às vezes, não é muito fácil. Exige conhecimento das necessidades de cada indivíduo, compaixão, misericórdia e competência por parte dos agentes. Por outro lado, nos sentimos gratificados em perceber a satisfação dos enfermos em receber uma visita, uma palavra de conforto ou mesmo, quando possível, participar de alguma atividade religiosa juntamente com a comunidade”, destaca a religiosa.

Criado na Diocese em março de 2007, a Pastoral da Saúde vem reforçando o trabalho social e solidário da Igreja, seguindo os exemplos do Padroeiro, São Camilo de Lellis. “A Pastoral da Saúde se propõe a iluminar, desde a fé, o mistério da enfermidade e do sofrimento. Ela acompanha os enfermos em suas necessidades, sejam elas: físicas, psicológicas, sociais e religiosas”, reforça Heloísa Pereira, coordenadora da Pastoral.

Segundo Heloísa, é na espiritualidade que o enfermo busca força e esperança para seu problema. “A fé, a esperança, a paciência, e a espera no Deus da vida. É o que sustenta o enfermo.  A fé do enfermo o faz sentir-se na palma da mão de Deus. Isto é fruto da espiritualidade”.

Mas se engana quem acredita que só o enfermo é favorecido com a visita. Em cada casa, histórias de superação e grandes emoções. “Uma vez visitamos um ateu convicto que caiu fortemente em perigo de vida. Vendo a morte de perto, ele nos pediu para buscássemos uma caixinha em sua residência. Prontamente fomos. Para nossa surpresa, quando se abriu a caixinha, deparamos com um Escapulário de Nossa Senhora do Carmo. Isso fortificou muito o nosso trabalho pastoral. Hoje, sua família é católica, participantes ativos e verdadeiros”, relatou Heloísa.

Emocionada, a coordenadora da pastoral também recordou de outro bonito fato presenciado nas visitas. A história de um jovem que, ao visitar o asilo da região, “adotou” duas senhoras como “tias”, levando-as para casa e fornecendo os devidos cuidados. “Ele contratou cuidadoras, as tratava com muito respeito e amor. Abriu mão de suas aposentadorias e depositava, integralmente, o dinheiro para o asilo onde elas residiam. Eu via a forma que ele demonstrava amor, como se realmente fossem suas tias. São essas atitudes que nos motiva nesse trabalho”.