Seminaristas recebem o Ministério de Acólito

Na tarde desta segunda-feira, 3 de novembro, a Diocese de São João del-Rei viveu um momento de profunda alegria e esperança com a instituição de quatro seminaristas da Etapa da Configuração (Teologia) no Ministério de Acólito. A celebração, realizada no Seminário Propedêutico Diocesano, foi presidida por Dom José Eudes Campos do Nascimento e contou com a presença de sacerdotes, familiares e formadores que testemunharam mais um passo na caminhada vocacional desses jovens.

Após ouvir o parecer do Conselho de Formação, Ordens e Ministérios, Dom José Eudes aprovou o pedido de admissão dos seminaristas Gabriel Antonio da Silva (Itutinga – Paróquia Santo Antônio de Pádua), Jeferson Djalma Coimbra (Dores de Campos – Paróquia Nossa Senhora das Dores), Jordano Paulo Magalhães Fuzatto (São João del-Rei – Paróquia Imaculada Conceição) e Luís Alberto dos Santos (Resende Costa – Paróquia Nossa Senhora da Penha).

Durante a homilia, o bispo destacou que o Ministério do Acólito é mais do que uma função litúrgica: é um chamado a viver o mistério de Cristo que se doa e está presente na Eucaristia, na assembleia e no irmão. Citando o documento Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, recordou que “a concessão do Ministério de Acólito implica uma participação mais profunda no mistério de Cristo que se doa e está presente na Eucaristia, na assembleia e no irmão” (§72).

 

Um ministério antigo e sempre novo

Desde os primeiros séculos da era cristã, existiam as chamadas “ordens menores” — entre elas o acolitato — que preparavam o caminho para as ordens sagradas. Em 1972, com o Motu proprio Ministeria Quædam, o Papa São Paulo VI renovou essa tradição, conferindo aos antigos ministérios uma nova forma, mantendo seu significado essencial: o serviço.

O acólito é instituído para cuidar do altar, ajudar o diácono e servir o sacerdote, sobretudo na celebração da Santa Missa. Também é chamado a levar a Eucaristia aos enfermos e a formar, com zelo e amor, aqueles que servem na liturgia. Como recorda o Rito da Instituição dos Acólitos, sua vida espiritual deve apontar sempre “para a Eucaristia, para o amor dos sacramentos, para o culto eucarístico e para o cuidado dos outros, sobretudo os mais necessitados e doentes” (n. 41).

 

Ecos de vocação e gratidão

As palavras dos seminaristas expressaram o sentido espiritual e pastoral desse momento. Para Luís Alberto, o ministério é graça e missão: “Recebi com muita alegria e fé o Ministério de Acólito. Que, por meio deste ministério, eu possa servir com amor ao altar do Senhor, auxiliar com zelo e comunhão os ministros ordenados na liturgia e levar o Pão consagrado àqueles que já não podem mais se aproximar da mesa sagrada para celebrar a Eucaristia em comunidade.”

Jeferson Djalma ressaltou o caráter de continuidade na caminhada vocacional: “Com grande alegria, damos mais um passo em nossa caminhada, acolhendo da Igreja o dom deste ministério tão precioso. Que ele nos conduza a um amor sempre maior pela Eucaristia e se desdobre em serviço generoso ao altar.”

Jordano Paulo destacou a dimensão alegre do servir: “Servir o altar é servir o próprio mistério de Cristo, que se entrega por amor. Assim, aprendo, cada dia mais, que o verdadeiro serviço nasce da comunhão e se realiza no dom de si. Pelo Ministério de Acólito somos chamados a servir o Altar com alegria e entusiasmo. Que nossa resposta seja à altura desse chamado!”

Já Gabriel Antonio sublinhou a centralidade da Eucaristia na vida vocacional: “Ao receber o Ministério do Acolitato, reconheço com muita alegria que toda vocação nasce do altar e para o altar retorna. É nesse encontro com o mistério que a vida vai ganhando forma e maturidade, e o serviço se torna expressão de amor. Trago no coração uma profunda gratidão por poder servir mais de perto a Santíssima Eucaristia, fonte e cume de todo o ministério.”

 

Caminho de serviço e amadurecimento

O reitor do Seminário Maior, padre Javé, recordou que este passo representa um amadurecimento no processo formativo dos seminaristas: “O acolitato é um convite à intimidade com o altar e à responsabilidade pastoral. É um ministério que educa o coração para o serviço silencioso e generoso.”

Ao final da celebração, Dom José Eudes dirigiu palavras de encorajamento aos novos acólitos, exortando-os a manterem viva a chama da vocação e o amor à Eucaristia. A presença das famílias, dos formadores e dos colegas de seminário expressou o apoio fraterno e a comunhão da Igreja que acompanha e reza por suas vocações.

Assim, a Diocese de São João del-Rei celebrou com esperança mais uma etapa no caminho vocacional de seus futuros presbíteros — jovens que, servindo o altar, aprendem o sentido mais profundo do seguimento de Cristo: amar, servir e oferecer-se com Ele.