A celebração do nascimento de Jesus Cristo abre o Tempo do Natal e se estende por oito dias, durante a Oitava do Natal. “A oitava nos convida para vivermos o nascimento de Jesus em nosso coração e em nossa vida. Essa vivência acontece pelo reconhecimento do ‘Menino de Belém’ como nosso Salvador; pela participação nas celebrações natalinas; pela atitude de serviço e pelo amor fraterno. Cada um poderá descobrir como Cristo vai nascer em sua vida e na sua comunidade”, explica o arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta.
Nesses oito dias, a Liturgia da Igreja contém celebrações de quatro festas e uma solenidade. “Cada uma dessas celebrações exprime um aspecto do testemunho do mistério da encarnação”, explica o arcebispo de Londrina (PR), dom Geremias Steinmetz. “O mistério da encarnação do verbo de Deus (tornar-se carne) é aquele no qual se reconhece que o Filho de Deus se fez homem no seio da Virgem Maria por obra do Espírito Santo”, reforça dom Geremias.
Além da solenidade do Natal, há durante a Oitava de Natal a solenidade de Maria, Mãe de Deus, no dia 1º de janeiro. Já as festas da Oitava de Natal são a de santo Estevão, são João Apóstolo e Evangelista, dos Santos Inocentes e da Sagrada Família.
No Portal da CNBB, Dom Geremias Steinmetz ofereceu um breve aprofundamento a partir de cada uma dessas celebrações na Oitava de Natal:
Olhar a realidade e os martírios de hoje
“O tempo da Oitava de Natal é exatamente para conseguirmos olhar para a nossa realidade de hoje, onde efetivamente vai acontecendo grande o mistério da encarnação”, afirma dom Geremias, que também aponta para o martírio de Estevão, João e os Santos Inocentes, onde acontece o mistério da encarnação.
O martírio da realidade atual, que ocorre no dia-a-dia por causa do testemunho que as pessoas dão, é muito importante, reflete o bispo:
“E esse martírio a gente encontra em muitas mães que veem seus filhos mortos, seus filhos assassinados, em muitas famílias que veem os seus perdidos no mundo das drogas; ou nas pessoas que sofrem especialmente a questão da doença, que vem os seus queridos não sendo bem atendidos, morrendo por causa de doenças que poderiam ser curadas; veem o sofrimento dos trabalhadores, dos sem-teto, sem trabalho. São muitos os martírios que acontecem no dia de hoje e que vão manifestando como continua ocorrendo a encarnação do verbo na vida das pessoas, especialmente nos seus sofrimentos”.
Fonte: CNBB





